quinta-feira, 17 de novembro de 2011

1981 - O primeiro ano do resto de nossas vidas - (Mauricio Neves )



E o FLAMENGO como sempre proporcionando os melhores momentos da minha vida, em 2011 me deu o prazer de conhecer o Mauricio Neves – no twitter @flapravaler – que lançará seu livro 1981 - O primeiro ano do resto de nossas vidas   dia 15/11 a partir das  16hs na Fla-Concept (Loja oficial do Flamengo na Gávea).
E ao longo do ano pude acompanhar o nascimento desde livro que sem duvida vai marcar o coração de cada Rubro Negro.
Admiração, respeito e, carinho resumem meu sentimento pelo Mauricio que me concedeu uma breve entrevista com 7 perguntas (já pensando no Hepta!) que vai emocionar!

Cella.

Mauricio Neves de Jesus, advogado, professor universitário, pesquisador e Rubro Negro de alma e coração!
Quando usa as palavras para falar de Flamengo transfere aos seus textos o que transborda no coração!
Mauricio consegue traduzir em palavras a emoção que só quem é Rubro Negro conhece e sente!
Idealizador do Livro: 1981 - O primeiro ano do resto de nossas vidas  
Sem duvidas o  livro que vai tocar aos corações da maior Nação do Mundo.

Ø  Mauricio, de onde surgiu a genial idéia de elaborar um diário do ano de 1981?
Mauricio: A ideia é muito antiga. Posso dizer que ela tem duas origens. Primeira, quando em 1996 o Flamengo homenageou os campeões mundiais
com réplicas do troféu, esbocei um rascunho, mas não foi adiante. Segunda, quando no começo do ano conversei com Arthur Muhlenberg e Lucas Dantas, e mostrei parte desses esboços. A partir dessa conversa, decidimos que registrar o ano de 1981 em forma de diário era a melhor maneira de reconstituir os passos do Flamengo campeão mundial.
Ø  O que o livro -1981 - O primeiro ano do resto de nossas vidas  - tem de especial e diferente, que outros livros  também com foco no Campeonato Mundial do Flamengo não tem?
Mauricio: O diferencial é esse registro dia a dia, a partir de fontes da época. Usei entrevistas apenas para dirimir algumas dúvidas, porque queria que o livro refletisse o espírito e as impressões da época. Toos nós, rubro-negros, olhamos para 1981 de forma muito romântica. Mas foi um ano em que vários problemas precisaram ser superados, o clube passou por crises, técnico demitido, ídolos indo embora. Acho que o livro tem esse valor de mostrar que o Flamengo de 1981 foi um gigante não porque não teve problemas, mas porque superou-os em nome de um objetivo comum, que era o de ser campeão mundial de futebol.

Ø  O Livro é uma obra que tem por objetivo resgatar todos os acontecimentos daquele ano. Na sua opinião a história daquele ano influenciou na conquista do título?
Mauricio: Aquela era uma geração altamente talentosa com todos no melhor de sua forma, e muito identificados com o clube. Alguns  já eram torcedores em 1972 quando o Flamengo perdeu de 6x0 para o Botafogo e estavam em campo no dia 8 de novembro de 1981 para vingar a cada um de nós, mas também a si próprios. É lógico que o modo como o ano se desenvolveu foi fundamental para levantar o Mundial em Tóquio, mas essa história pode ser retrocedida a outros momentos marcantes, como o gol de Rondinelli em 78, o primeiro título de Zico e Júnior como titulares em 74, ou até mesmo o dia em que Celso Garcia levou Zico à Gávea.


Ø  Para você, qual o sentimento de hoje poder ouvir o depoimento de cada jogador que viveu e fez parte do mundial?
Mauricio: Lembro da emoção do Júnior quando viu os originais, e me disse "obrigado por recordar tudo isso". Ora, nós é que temos que agradecer a todos eles, eternamente. O sentimento que eu tenho de ouvir todos os depoimentos é de que tudo aquilo foi verdade, não foi delírio de uma criança de 8 anos que não cultuava heróis com capas voadoras e super poderes, mas heróis que vestiam vermelho e preto e que jogavam o melhor futebol do planeta.

Ø  O que mais te emocionou no desenvolvimento do livro?
Mauricio: Foi a viagem no tempo. Na minha agenda do colégio, em 1981, todo dia eu anotava algo sobre o Flamengo, que ouvia nos programas de rádio. As pesquisas partiram dessa agenda e aí fui até os jornais e revistas da época. Além disso, eu tenho muita coisa em áudio e vídeo de 1981, e revi todos os gols, além de ouvir nas narrações de rádio - daí a ideia de transcrever alguns gols. Momento específico, foi em abril deste ano, na exposição comemorativa dos 30 anos do Mundial, eu vi a Simone, esposa do Lico, abraçar a Taça Libertadores e chorar. Ela dizia "Lico deu o sangue por essa taça".

Ø  A literatura futebolística tem crescido exponencialmente no Brasil , onde a paixão pelo Futebol é cultural. Sabemos de sua facilidade em falar sobre o assunto. Mas o que é para você falar do FLAMENGO?
Mauricio: As minhas lembranças mais remotas já são repletas de Flamengo. Quando nasci, fui colocado em uma incubadora para prematuros. Meu pai, que é médico pediatra, cobriu a incubadora com uma camisa do Flamengo. Depois, quando fui liberado para ir para o quarto, ele pendurou essa camisa na porta do quarto da maternidade - isso não era uma prática comum em 1973. Claro que não lembro de nada disso, as primeiras lembranças conscientes que tenho são do meu pai ouvindo os jogos no rádio, e comemorando os gols comigo. Então, falar do Flamengo é falar, possivelmente, da única paixão que me acompanha desde o berço.

Ø  Qual sua aposta para o campeonato Brasileiro deste ano?
Mauricio: O jogo chave será domingo, no Couto Pereira, assim como em 2009 foi a vitória contra o Atlético no Mineirão. Não vencemos o Coritiba no sul desde 1998, e quebrar esse tabu é um feito capaz de impulsionar o time a 4 vitórias nos últimos 4 jogos. Enquanto o Flamengo tem chance, sempre aposto nele.

Bate bola:
 Ídolo: Zico e Júnior, na mesma dimensão.
Gol inesquecível:Rondinelli em 3 de dezembro de 1978.
Partida inesquecível: Atlético Mineiro 2x3 Flamengo, em 2 de dezembro de 1987.
Título preferido:O Mundial.
Ser Flamengo é: fazer da fé um alimento.

#NadaImportaSemOFlamengo
Magia Neles
Marcella Miranda

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