2011 para sempre - por Mauricio Neves @flapravaler

Mais um texto do meu amigo querido Mauricio Neves.

2011 para sempre

Vencemos o Inter. O valor da vitória está todo na frase, simples assim. Vencemos o Inter, três pontos preciosos, estou feliz e não abro. Mas, mas.

Se você é daqueles que trata qualquer vestígio de racionalidade como corneta, pare por aqui. Porque vou dizer que vencemos jogando mal, e que precisamos fazer muito no fim de semana para valer o ano. Então, fica claro que não vou espalhar a papagaiada de que vencemos o Inter porque Flamengo é Flamengo e que venceremos o Vasco porque eles são sempre vice do meu Mengão. Não gosto de papagaiada. Meu negócio é urubuzada.

Quando vi a escalação do time, tremi na base. Antes de enfrentar o Inter, havia o problema de não fazer a bola chegar no ataque. Como se fosse piada de português, Luxemburgo resolveu o problema de modo definitivo: acabou com o ataque.

Não bastasse escalar Fierro (que, vá lá, jogou com raça) e Alvim no mesmo time, Luxemburgo isolou Ronaldinho em uma selva de defensores, sem choro nem vela. Sorte, muita sorte, que um desses defensores não sabe o que fazer com a bola e deixou no pé do Dente, e o Dente foi pra rede.

O resultado foi que jogamos até pior do que contra o Figueirense. O Inter acumulou chances de gol e só não marcou porque Felipe, depois de um começo preocupante, justificou a @ que mantém no Twitter.

Não podemos entrar assim contra o Vasco. Não que o Vasco seja uma máquina, mas está embalado em uma onda de superação desde que perdeu Ricardo Gomes, e vai jogar a vida para abrir frente contra o Flamengo, apostando no efeito psicológico que essa vantagem anunciada pelo sistema de som do Pacaembu causará no Corinthians.

Nós não temos nada a ver com Corinthians ou Vasco. Temos a ver com nossa vaga na Libertadores. Já chega não sermos campeões antecipados dessa bagaça – seríamos, não fosse a aberração de dez jogos sem vitórias. Como se estampou na faixa em Macaé, Libertadores é obrigação.

(Faço parêntesis: Libertadores é obrigação sempre para o Flamengo. Temos que jogar as grandes ligas como um hábito, até vencê-las na moral, como vencemos o campeonato carioca.)

Se formos à Libertadores, 2011 acabará sendo recordado com algum carinho. Se não formos, ficará um gosto amargo demais. O certo é que, de um modo ou de outro, 2011 será um ano para sempre. Que seja então com uma grande vitória domingo, o que requer pensar e jogar com grandeza. Porque Flamengo só é Flamengo quando se comporta assim: com grandeza. O resto é papagaiada.

Mauricio Neves - @flapravaler

Importante! Domingo após o jogo sortearei aqui no blog 1 livro do Mauricio Neves: 1981 - O primeiro ano do resto de nossas vidas.
Para participar,deixe seu comentário no texto do Mauricio e basta segui-lo no TT.
Resultado após o jogo Flamengo x Vice - 04/12/11

#NadaImportaSemOFlamengo
Cella