quinta-feira, 22 de março de 2012
Procura-se um ídolo
*Por Marcellinha
Quando falamos em entidade
esportiva, logo pensamos em futebol, paixão nacional. Aqui no Brasil, o
futebol é o maior fomentador de torcedores e consumo.
Mas como lidar com o principio
adotado na formação de novas estrelas? Sim, eu estou direcionando o
assunto à formação de craques no Flamengo.
Os jogadores de futebol, desde os
primórdios, são atletas ponto de conexão com a torcida, torcida esta que
gera os maiores consumidores/clientes das entidades esportivas.
Bom, deveria ser assim.
Mas o que podemos ver hoje, no rubro
negro, é uma espécie de “mimos”, onde jogadores que deveriam servir de
exemplo e seguir uma disciplina, atuam como mandatários. Donos de suas
posições, e determinadores de suas vontades.
Reflexo disso está em campo, na torcida e no clube de uma forma geral.
Como encontrar uma empresa para
investir e acreditar na marca? Se nem mesmo seus consumidores acreditam
nos “astros” que compõe o grupo?
As estrelas criadas nos clubes de
futebol não são referências apenas quando atuam, quando estão dentro de
campo. Seu modo de vestir, corte de cabelo, atitudes e comportamento
viram moda. Foco de consumo. Percebo que hoje temos uma torcida muito
mais ligada ao nome do clube, apenas, do que com ligações aos craques
que lá se encontram.
Onde estariam as “estrelas” que
deveriam ser formadas? Será que não é o momento de rever o conceito de
formação destes jogadores? O que diriam estes novos craques diante de
Junior, Leandro, Zico. Jogadores modelos, referências, que até os dias
de hoje “vendem” positivamente a marca do clube.
É responsabilidade da entidade
esportiva construir a imagem de um ídolo. Pois ele reflete para uma
imensa torcida os valores do clube. Eu diria que palavra do momento que
deveria ser aplicada na essência dentro do flamengo é: Humildade.
Respeitamos a vida pessoal de cada um, deste que tal comportamento não o evidencie provocando detrimento ao clube.
Cabe aos jogadores atuais, do time
principal e base, um retrocesso. Volta pra sala de aula, aprenda com
quem fez história, construa a imagem de craque, adquira respeito através
de atitudes. E mostre em campo, que não devemos amar o clube apenas
porque o Flamengo é o Flamengo! E sim porque quem entra em campo faz
toda diferença.
Eu quero ter um ídolo pra dar gosto
de gritar seu nome. Eu quero que meus filhos possam ter uma imagem que
dignifique o Flamengo.
Não que jogadores respeitáveis não
tenham vidas noturnas, mulheres e diversões, mas que durante suas horas
de trabalho honrem o motivo para o qual estão ali.
Está na hora do clube atuar, não
“mimando” e criando “estrelinhas”, mas desenvolvendo pessoas, craques
que assegurem a lealdade e fidelidade de seus torcedores.
Antes de denominar-se estrela, reveja jogos de 1981. Aí, depois conversamos sobre o que é ser ídolo de uma nação.
Não vale para todos que hoje lá atuam. Mas para uma boa fatia que precisa rever urgentemente seus valores.
Sou torcedora carente de um ídolo. Procura-se!
@MarcellinhaRJ
#NadaImportaSemOFlamengo
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