domingo, 4 de março de 2012

Adeus ao herói esquecido

em 17/02 para ACIMA DE TUDO RUBRO NEGRO

Hoje amanheceu com cara de carnaval... É a sexta feira profana. Mas por incrível que pareça não consigo exibir meu melhor sorriso ao me deparar com a noticia da morte de Jordan. Tricampeão carioca de 1953/54/55 e campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1961, foi o quarto jogador que mais vestiu a camisa do Rubro Negro na história: 608 vezes! Ficando atrás apenas de Junior, Zico e Adílio.
Aos 30 nos não tenho conhecimento de causa para declinar sobre o jogador que ele foi. Tendo atuado no Flamengo entre os anos de 1952 e 1963 tenho apenas a oportunidade de conhecer sua história na internet. Lateral com excelente atuação, raçudo e determinado. Era o que parecia ser Jordan. Jogador de dar gosto de assistir a uma partida.
Diante dessa perda, paro para analisar: como pode um jogador com a história do Jordan terminar em uma mesa fria de um hospital público? Como pode o principal marcador de Garrincha ser esquecido?
Diante de um novo modelo de gestão, onde o futebol é uma grande indústria, que se fabricam “craques”, vejo uma perda de valores.
O futebol, assim como outra profissão deve ser exercido por quem tem o dom. Pra quem sabe qual o valor de entrar em campo e conseguir atingir o coração de milhões de pessoas apaixonadas pelo esporte. O futebol é unânime. Todos possuem um time de coração.
Na fabrica de “pseudo craques” o dinheiro fala mais alto. Não existe o craque de verdade. Que entra em campo com graça, dominando o assunto. Que sabe qual sua função. Para que está ali, e dá conta do recado.
O Futebol corria nas veias. Era feito por amor! O dinheiro... esse não falava mais alto.
Me indigna assistir Weligntons e Fernandos, e tantos outros com salários fabulosos e nada de jogo no pé. Me envergonha ser torcedora dos anos 90 e 2000. Eu quero o valor do futebol do Jordan.
Parafraseando Jorge Aragão: “Respeite quem pode chegar aonde a gente chegou” por “respeite quem pode jogar o que ele jogou!”
Essa garotada deveria assistir diariamente partidas de jogadores como Junior, Zico,Jordan e tantos outros que fizeram história, não só no Flamengo, mas em todos os times. Jogadores que tinham ginga, raça, que faziam graça.
Dava gosto torcer...
Desculpem minha indignação. Mas hoje meu lado torcedora está de luto.
Sem mais.


Cella
#NadaImportaSemOFlamengo
@MarcellinhaRJ

Nenhum comentário:

Postar um comentário