domingo, 4 de março de 2012


E assim reza a lenda... (por Valeria Beatriz de Miranda - minha mãe!)

Terça, 13 de dezembro de 2011 PARA MAGIA RUBRO NEGRA



Eu poderia falar sobre o Glorioso ano de 1981, ano em que dia 23/03 eu nasci! Poderia falar de minha paixão pelo Flamengo, pelo time raçudo que tínhamos, pelo orgulho e prazer que tenho de assistir repetidamente aquele jogo contra o Liverpool, mas resolvi fazer diferente. E pedi para minha mãe transcrever o dia 13 de dezembro de 81. Aos 8 meses de nascida eu já comemorava um título.
Com a palavra minha Linda e Rubro Negra Mãe!
E assim reza a lenda... (por Valeria Beatriz de Miranda - minha mãe!)
Mês? Dezembro..... Ano? 1981.... Dia? 13..... E lá se vão trinta anos....
Talvez se me perguntarem o que almocei hoje eu não saiba responder, mas na data acima citada eu sei exatamente o que aconteceu....
Na verdade, não detenho essa felicidade de ser a única a ter em mente tal lembrança, haja vista que se trata de um acontecimento que atingiu a maior torcida do Planeta rssrs e ,seria arrogância da minha parte tomá-la só pra mim.
O dia já amanheceu festivo, sim festivo, porque flamenguista não admite a hipótese de se meter numa empreitada desse nível e voltar de mãos abanando.
Ah! Sim, estou falando do maior, do mais querido, do onipotente, do fulgurante, do onipresente Clube de Regatas Flamengo.
Como ia dizendo, era o dia do jogo contra o Liverpool para a conquista do Mundial Interclubes. Porque a Libertadores já estava no papo.
Pra quem, como eu, que tinha 3 filhos pequenos e muita coisa pra dar conta (além, lógico) de ter a responsabilidade de torcer por aquele que só me dava (e ainda dá) alegrias, era complicado administrar.
Mas aquele dia 13 era mais do que atípico, era um marco na nossa história.
Não tínhamos todo esse aparato eletrônico que temos hoje, mas a TV bastava.
Eles vestiram a camisa branca (que eu, particularmente, não gosto muito), mas eu e as 3 crianças mais o marido, vestíamos a tradicional... lá, no Japão ,62.000 torcedores no total, mas na minha casa tinham 5 que valiam por um milhão.
E começa a peleja... A bandeira agarrada em nós... ou nós a ela ,tanto fazia... o importante era que ela estava ali,representando cada um dos onze heróis que estavam no Japão jogando nossas vidas,nosso sangue.
E já no primeiro tempo os três gols que nos fizeram explodir de tanto gritar, de tanto o coração bater em ritmo frenético, de tanto o nosso sangue rubro-negro correr a mais de cem pelas nossas veias.
Minha filha mais nova (eu! Marcellinha!), tinha apenas 8 meses e, a essa altura, já enrolada no manto sagrado, batia palmas e gritava também, rindo como se pudesse entender que era a mais nova integrante da família e, consequentemente ,integrante da maior torcida do Planeta. Sem ter a noção de que viera ao mundo num ano em que o time para o qual ela já estava predestinada a torcer, estava conquistando o título mais importante da sua história até então.
E ali, pequenina, loirinha, mulambinha e urubua, ria e expressava o que mais tarde viria a compreender que seria uma constante em sua vida.
E, com esse cenário todo, com todo o transbordante orgulho rubro-negro espalhado pela casa, como poderia eu esquecer?
É gente, ser flamenguista é um merecimento, é ter impressa na história da sua vida a história da paixão das conquistas e ter o orgulho de trazer ao mundo mais 3 torcedoras que, mesmo sem compreender direito porque vibravam e gritavam naquele 13 de dezembro de 1981.. é a Glória!!
#NadaImportaSemOFlamengo
Cella - filha da Valéria!

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